O
ano começou com novo aumento nos juros cobrados nas principais linhas
de crédito, mantendo a tendência verificada em 2013, quando foram
registradas sete elevações nessas taxas. De acordo com levantamento
feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), das
seis linhas pesquisadas, houve aumento em cinco delas no primeiro mês do
ano. A taxa de juro média geral para pessoa física passou de 5,60% ao
mês em dezembro passado para 5,65% em janeiro. Anualizada, a taxa chega
agora a 93,39%, o maior patamar desde setembro de 2012.
—
Esta situação reflete o aumento da taxa básica de juros (a Selic)
promovida pelo Banco Central em 15 de janeiro passado — diz o
diretor-executivo de estudos econômicos da entidade, Miguel José Ribeiro
de Oliveira.
Desde abril do ano passado, o Banco Central promoveu elevações consecutivas da Selic, que subiu de 7,25% para os atuais 10,5%.
Segundo
a Anefac, apenas o juro cobrado no rotativo do cartão de crédito, que é
a taxa mais alta do mercado, não teve elevação em janeiro. A taxa ficou
estável em 9,37% ao mês, em média. No comércio, o juro subiu de 4,25%
para 4,35%, em média. No cheque especial, houve elevaçao de 7,97% para
8,03%. No Crédito Direto ao Consumidor para compra de carros, houve
aumento de 1,65% para 1,69%. E, nos empréstimos em bancos, a taxa mensal
média subiu de 3,20% para 3,26%, enquanto nas financeiras a taxa para
este tipo de empréstimo foi elevada de 7,16% para 7,20%.
Para
Oliveira, em vista da continuidade da pressão inflacionária, com o IPCA
bastante acima do centro da meta estabelecida pelo governo (4,5%) a
tendência é que o BC eleve a Selic em sua próxima reunião, o que terá
novo impacto sobre os juros ao consumidor.
- As taxas de juros das operações de crédito devem voltar a ser elevadas nos próximos meses - diz ele
Fonte: O Globo - Online
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