segunda-feira, 9 de março de 2015

Tarifa de energia sobe mais de 7% e pressiona inflação pelo IPC-S, diz FGV

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Os preços relativos à habitação subiram e pressionaram a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) na primeira semana de março, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador passou de 0,97% para 1,26%.
Nesta apuração, metade dos oito grupos de despesa componentes do índice apresentaram taxas mais elevadas. No caso de habitação, a variação subiu de 0,9% para 1,75%, com destaque para a tarifa de eletricidade residencial (de 1,09% para 7,20%).
Também ficaram mais altas as variações de alimentação (de 0,77% para 1,11%); educação, leitura e recreação (de -0,02% para 0,42%) e vestuário (de 0,11% para 0,20%).
Na contramão, desaceleraram as taxas os grupos de transportes (de 2,52% para 2,28%), despesas diversas (de 1,16% para 1,03%) e comunicação (de 0,27% para 0,12%).
O grupo saúde e cuidados pessoais repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, 0,63%.
O reajuste das tarifas de energia elétrica de diversas concessionárias do país e o aumento na taxa extra das bandeiras tarifárias, cobrada nas contas de luz quando há aumento no custo de produção de energia, podem impactar a inflação oficial do país em março, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A análise é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A partir do dia 2 de março, houve 80% no reajuste médio da parcela referente à bandeira tarifária, passando de R$ 3 para R$ 5,50 para cada 100 kWh (quilowatts-hora) [de energia usados]”, apontou na semana passada a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, nesta sexta-feira (6). “(...) março provavelmente vai ser um mês em que o peso, a pressão dos monitorados sobre a inflação vai ser bastante forte”.
Veja o comportamento de alguns itens:
Hortaliças e legumes (de 4,56% para 8,21%)
Passagem aérea (de -19,76% para -1,52%)
Acessórios para vestuário (de 0,77% para 1,64%)
Tarifa de ônibus urbano (de 1,11% para 0,39%)
Cigarros (de 1,84% para 1,33%)
Tarifa de telefone móvel (de 0,26% para -0,05%)
Artigos de higiene pessoal (de 0,51% para 0,81%)
Salão de beleza (de 0,92% para 0,68%)
Fonte: G1

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