O
aumento de 5% na quantidade de etanol na gasolina, determinado pelo
governo para conter o impacto da inflação da alta do combustível, pode
causar efeito inverso no bolso do consumidor a partir de 1º de maio. O
engenheiro mecânico Ennio Peres, professor do curso de pós-graduação em
Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp),
calcula que, com a nova mistura — 25% de etanol anidro em vez de 20% —, a
gasolina vai encarecer 1,75% para os motoristas, caso o preço dela
continue o mesmo, possibilidade admitida pelo próprio Ministério de
Minas e Energia.
— O governo vai trocar 5% do combustível por etanol anidro, que rende 65% da energia da gasolina. Logo, ele vai perder, no final das contas, 1,75% (5% vezes 35%, que é a diferença) de energia por quilômetro e vai pagar por isso — diz Ennio.
Segundo Peres, um carro popular anda, na cidade, em média, dois mil quilômetros num mês. Como a média de consumo é de 10km/l, se o preço médio da gasolina no Rio se mantiver, em um mês o consumidor vai pagar R$ 10,40 a mais: 200 litros vezes R$ 0,052 — da diferença do 1,75% aplicada sobre o valor atual do litro, R$ 2,975, segundo a ANP. No fim do ano, a conta chega a R$ 124,80 a mais de gastos.
Custo também depende do motor do carro
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) alega que a mudança do percentual de etanol na gasolina não traz grande impacto para os motoristas, porque o consumo varia de acordo com o motor do carro. A entidade destaca que essa não é a primeira vez que o governo eleva a adição para 25%. O valor está no limite estabelecido pela Lei 8.723/1993, que determina o mínimo de 18% e o máximo de 25% de etanol na composição da gasolina.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no entanto, não descarta uma diferença no rendimento da nova mistura da gasolina, mas informa que ela é "imperceptível" para o consumidor.
Segundo o presidente do comitê de assuntos técnicos da entidade, Henry Joseph Junior, os carros têm motores calibrados para operar com a adição média de 22%.
— O governo vai trocar 5% do combustível por etanol anidro, que rende 65% da energia da gasolina. Logo, ele vai perder, no final das contas, 1,75% (5% vezes 35%, que é a diferença) de energia por quilômetro e vai pagar por isso — diz Ennio.
Segundo Peres, um carro popular anda, na cidade, em média, dois mil quilômetros num mês. Como a média de consumo é de 10km/l, se o preço médio da gasolina no Rio se mantiver, em um mês o consumidor vai pagar R$ 10,40 a mais: 200 litros vezes R$ 0,052 — da diferença do 1,75% aplicada sobre o valor atual do litro, R$ 2,975, segundo a ANP. No fim do ano, a conta chega a R$ 124,80 a mais de gastos.
Custo também depende do motor do carro
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) alega que a mudança do percentual de etanol na gasolina não traz grande impacto para os motoristas, porque o consumo varia de acordo com o motor do carro. A entidade destaca que essa não é a primeira vez que o governo eleva a adição para 25%. O valor está no limite estabelecido pela Lei 8.723/1993, que determina o mínimo de 18% e o máximo de 25% de etanol na composição da gasolina.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no entanto, não descarta uma diferença no rendimento da nova mistura da gasolina, mas informa que ela é "imperceptível" para o consumidor.
Segundo o presidente do comitê de assuntos técnicos da entidade, Henry Joseph Junior, os carros têm motores calibrados para operar com a adição média de 22%.
Fonte: Extra - online
Nenhum comentário:
Postar um comentário