A taxa de desemprego brasileiro aumentou ligeiramente
no mês passado, a 5,7 por cento, ante 5,6 por cento em fevereiro, mas
trata-se da menor nível histórico para março, informou o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O resultado ficou abaixo do esperado em pesquisa da
Reuters e igualou a menor projeção. A mediana das previsões de 25
analistas apontava para alta a 5,9 por cento, com as estimativas
variando de 5,7 a 6,1 por cento.
Apesar de ser o menor resultado para março, a taxa de
desemprego foi a maior leitura registrada desde junho do ano passado
(5,9 por cento).
O desemprego atingiu no fim do ano passado 4,6 por
cento, menor patamar desde o início da série histórica, em 2002.
Normalmente, a taxa sobe no início do ano, quando os temporários
contratados para a época das festas são dispensados.
O IBGE informou ainda que rendimento médio da população
ocupada caiu 0,2 por cento no mês passado ante fevereiro, ao atingir
1.855,40 reais, o que representou ainda alta de 0,6 por cento sobre
março de 2012.
Já a população ocupada recuou 0,2 por cento em março na
comparação com fevereiro e cresceu 1,2 por cento ante o mesmo período
do ano anterior, totalizando 22,922 milhões de pessoas nas seis regiões
metropolitanas avaliadas.
A população desocupada, ainda segundo o IBGE, chegou a
1,373 milhão de pessoas em março, alta de 1,2 por cento ante fevereiro,
mas queda de 8,5 por cento sobre um ano antes. Os desocupados incluem
tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em
busca de uma chance no mercado de trabalho.
O desemprego se mantém em nível baixo no país,
evidenciando que a recuperação frágil da economia vem tendo pouco
impacto sobre o mercado de trabalho, que ajuda a manter a pressão sobre
os preços num momento de forte preocupação com a inflação.
Na semana passada, o Banco Central destacou o nível
elevado de inflação e a dispersão dos aumentos de preços ao decidir
elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50 por cento, dando
início a um ciclo de aperto monetário.
O mercado de
trabalho formal abriu, em março, 112.450 vagas, mas isso foi
insuficiente para conter forte queda de 31 por cento do emprego no
primeiro trimestre, registrando o pior desempenho em quatro anos,
segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do
Ministério do Trabalho.
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