A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta
quinta-feira, 25, pelo Banco Central, manteve as projeções já
apresentadas em março para o comportamento de preços de todos os itens
monitorados ou administrados pelo governo e que constam do documento. A
projeção de reajuste no preço da gasolina para 2013, por exemplo, foi
mantida em 5%. Para a tarifa residencial de eletricidade, a expectativa é
de um recuo de aproximadamente 15% este ano já levando em conta
reajustes e revisões de preços assim como reduções de encargos setoriais
anunciadas pelo governo.
O Copom projeta também estabilidade do preço do gás de botijão e
redução de 2,0% da tarifa de telefonia fixa, para o acumulado de 2013. O
conjunto de preços administrados por contrato e monitorados se manteve
em 2,7% para o acumulado deste ano, assim como já era aguardado no mês
passado. Também foi mantida a expectativa para esse conjunto de preços
administrados para o acumulado de 2014, em 4,5%.
As inflações projetadas no cenário de mercado para este ano e para o
próximo diminuíram em relação ao valor considerado na reunião do Copom
de março. Apesar disso, ambas se posicionam acima do valor central de
4,5% para a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
No caso do cenário de referência, a inflação projetada para 2013 se
manteve estável, enquanto para 2014 a projeção aumentou em relação ao
valor considerado na reunião do Copom de março. Ambas se posicionam
acima do valor central da meta. O cenário de referência leva em conta as
hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$2,00/US$ e da taxa Selic
em 7,25% ao ano em todo o horizonte relevante. O cenário de mercado
leva em conta as trajetórias de câmbio e de juros coletadas para o
Boletim Focus com analistas de mercado, no período imediatamente
anterior à reunião do Copom.
O BC ponderou que, apesar de
limitações da oferta, o ritmo da atividade doméstica se intensificou no
primeiro trimestre. Além disso, destacou que informações recentes
apontam para a retomada do investimento e para uma trajetória de
crescimento, "no horizonte relevante", mais alinhada com o crescimento
potencial.
Na avaliação do Comitê, a demanda doméstica continuará a ser
impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária
implementadas recentemente. Também auxiliará nesse processo a expansão
moderada da oferta de crédito, tanto para pessoas físicas quanto para
pessoas jurídicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário