sexta-feira, 12 de abril de 2013

Oferecer churrasco atualmente é só para quem pode


Nem o churrasco do fim de semana escapou da inflação. Tirando a carne, que, em 12 meses, subiu 3,1%, bem menos que os 6,6% da inflação oficial (IPCA), vários outros itens indispensáveis ao redor da churrasqueira estão se destacando pela alta muito acima da média. A farinha de mandioca, líder absoluta da disparada dos preços dos alimentos, avançou 151,4%. O vinagrete, pressionado pelo tomate e pela cebola, está virando luxo. Em um ano, os dois subiram 76,5% e 122,1%, respectivamente.
O vinagre seguiu o galope e também encareceu além da média dos preços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): 10,7%. Temperar a carne apenas com sal grosso, à moda gaúcha, é a saída para escapar do reajuste de 53,1% no preço do alho. O sal subiu só 4,3% no período. Já a linguiça está custando 16% mais do que há um ano. E para quem já pensa em virar vegetariano o pior está por vir: a cerveja também subiu 16% nos últimos 12 meses. Nem aqueles que não bebem conseguem sair ilesos: o refrigerante e a água mineral estão 9,8% mais pesados no bolso.
Quem ficou indignado e cogita preparar uma caipirinha deve se preparar para a surpresa: embora o preço do açúcar tenha caído 8,3% em 12 meses, bebidas como cachaça e vodca ficaram 9,7% mais caras, em média. Enfim, a conclusão é que a inflação já corrói o poder de compra do consumidor brasileiro. O próprio IBGE anunciou queda de 0,8% nas vendas em super e hipermercados do País no mês de fevereiro em relação a janeiro. Ou seja, os números sugerem que os hábitos de consumo começam a ser alterados pela forte alta dos preços.

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