terça-feira, 30 de abril de 2013

Conviver com animais ajuda a prevenir e a tratar doenças e transtornos de aprendizado


Em 2001, o advogado Ennio de Paula Araújo, de 71 anos, foi surpreendido pela notícia de que estava com câncer na bexiga. O avanço da doença, as idas e vindas do hospital e os remédios tornavam os dias difíceis. Quando tudo era angústia, a chegada de Clara lhe trouxe ânimo para lutar. Há três anos, os dois são companheiros de todas as horas, e a cadela da raça fila, de 73 quilos, se tornou tão benéfica ao tratamento do dono que conquistou o direito de visitá-lo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ele faz quimioterapia. O passe livre canino tem respaldo em pesquisas científicas e é cercado de cuidados.
Estudos indicam que a convivência com animais de estimação ajuda a regular a pressão arterial em idosos e reduz o risco de depressão. Em crianças, essa experiência estimula o desenvolvimento adequado de anticorpos. E pessoas com necessidades especiais sentem-se mais motivadas a interagir, emocional e cognitivamente, na presença de animais.
— Até um ambiente de trabalho que tem animais se torna mais produtivo. Os bichos nos fazem acreditar que cuidamos deles, mas são eles que cuidam da gente — diz a psicóloga Luisa Nóbrega, do Conselho Regional de Psicologia do Rio, que trabalha com esse tema há 12 anos.
Baseado nessas evidências científicas, o Projeto Pelo Próximo atua no Rio oferecendo terapia assistida por cães e calopsitas a pacientes com Aids e câncer, idosos em asilos e pessoas com paralisias. Os objetivos do trabalho, que é feito com animais especialmente treinados para esse fim, vão desde facilitar uma sessão de fisioterapia a aumentar a autoestima e autoconfiança.
Crianças hiperativas ou com dificuldade de aprendizado são outras beneficiadas pelo projeto, que tem caráter filantrópico e só atende instituições.
— O animal é quase um chocolate. A pessoa chega perto e sente um grande prazer — brinca a empresária Roberta Araújo, coordenadora geral do Pelo Próximo.
Fonte: Extra - online

Nenhum comentário:

Postar um comentário