A desoneração de aparelhos smartphones, anunciada pelo governo
federal e publicada hoje (9) no Diário Oficial da União, deve chegar ao
consumidor final antes do Dia das Mães. A redução no preço depende ainda
da publicação de uma portaria que vai apresentar as especificações
técnicas dos aparelhos a serem considerados smartphones. A previsão do
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é de que isso ocorra nesta
semana.
Parte das especificações foi antecipada hoje pelo site do
Ministério das Comunicações. Entre elas estão wi-fi, aplicativo de
navegação e de correio eletrônico, sistema operacional que disponibilize
kit de desenvolvimento por terceiros, tela igual ou superior a 18
centímetros quadrados e aplicativos desenvolvidos no país. De acordo com
o ministério, está prevista também a definição de cotas para tecnologia
nacional.
Aparelhos
que se enquadrarem nessas especificações e que custarem até R$1,5 mil –
terão as alíquotas dos impostos PIS/Pasep e Cofins reduzidas, o que
deve resultar em quedas de até 30% no preço final do produto. Segundo o
secretário de Telecomunicações do ministério, Maximiliano Martinhão, a
definição de um preço teto para que os aparelhos se enquadrem entre os
beneficiados visa também a “estimular fabricantes de produtos mais caros
a reduzir seus preços”.
Paulo Bernardo disse que a renúncia
fiscal poderá ser maior do que a prevista, caso as vendas superem as
expectativas. “A renúncia foi estimada em R$ 500 milhões por ano. Mas
esse valor poderá aumentar caso as vendas aumentem mais do que o
esperado”, disse o ministro após participar de uma audiência pública no
Senado.
Há, no Brasil, cerca de 65 milhões de pessoas que possuem
smartphones. Sem as medidas anunciadas hoje, a expectativa do governo
era de que, até o final do ano que vem, esse número ficasse entre 130
milhões e 140 milhões. “Com certeza esse número ficará maior [a partir
dos benefícios anunciados hoje]”, adiantou Paulo Bernardo.
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