A forte queda da arrecadação no mês passado, de 9,32% em relação a março
de 2012, fez com que o desempenho das receitas no acumulado deste ano
ficasse negativo. No primeiro bimestre, a arrecadação registrava uma
expansão real de 3,67%, mas passou a acumular uma queda real de 0,48% no
primeiro trimestre de 2013, na comparação com o mesmo período de 2012.
Segundo os dados divulgados pela
Receita Federal, houve uma queda de 48,25% no pagamento do ajuste anual
do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social
do Lucro Líquido (CSLL) relativos ao desempenho das empresas em 2012. No
ano passado, a Receita recebeu quase R$ 12 bilhões como ajuste anual,
mas esse valor caiu para R$ 6,2 bilhões em 2013. Em 2012, as
instituições financeiras foram responsáveis pelo expressivo crescimento
no IRPJ e na CSLL relativos ao ajuste anual.
A Receita informou que também contribuiu para a queda na arrecadação
de janeiro a março deste ano o volume de desonerações tributárias, em
especial da folha de salários, Cide-combustíveis, IPI-automóveis e
IOF-crédito da pessoa física. A renúncia fiscal em 2013 foi R$ 5,044
bilhões maior que no mesmo período de 2012. Dessa forma, destaca o
Fisco, a perda de arrecadação no primeiro trimestre de 2013 chegou a R$
10,828 bilhões em relação aos três primeiros meses de 2012, considerando
apenas as desonerações e o pagamento de IRPJ e CSLL para o ajuste
anual. A Receita acredita que ainda influenciou o desempenho ruim da
arrecadação a queda na produção industrial no início deste ano.
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