O preço do tomate deve começar a
dar um alívio ao consumidor final ainda neste mês, prevê o economista do
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV)
Salomão Quadros. A expectativa é de que uma desaceleração já percebida
nos últimos dias no atacado apareça em breve no varejo.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que faz parte do
Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), a inflação do tomate foi de 8,55%
para 15,77%, na passagem de março para abril. No ano, acumula alta de
90,77% e, em 12 meses, de 170,48%.
O grupo alimentação, com
aceleração de 1,26% para 1,40% no período, permanece liderando a
inflação no varejo neste mês. As influências, contudo, não partiram só
do tomate. São destaques as altas de preços das frutas, que avançaram de
1,07% para 5,44%; da batata inglesa, de 6,72% para 13,43%; e da cebola,
de 14,27% para 21,17%.
A alimentação no domicílio ficou 1,73% mais cara, ante 1,42% no mês
anterior, e acumula alta de 16,19% em 12 meses. Enquanto à inflação fora
de casa, em contrapartida, desacelerou de 1,01% para 0,85%. "Não
haverá, nos próximos meses, a informação de que os preços dos alimentos
despencaram. Mas, se a gente olhar para o atacado, podemos prever que
percam ritmo daqui para frente", disse Quadros.
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