Mesmo com uma pressão bem menor nos preços da gasolina, o Índice de
Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou de 0,33% em fevereiro para
0,72% em março, por causa do fim do efeito do corte da tarifa de
energia na inflação. No final de fevereiro, a gasolina registrava alta
de 5,02% e a tarifa de eletricidade residencial, queda de 13,91%, o que
puxava para baixo o resultado da inflação do mês. Já no fechamento de
março, a gasolina desacelerou para alta de 0,12% e saiu da lista de
maiores pressões de alta, mas a tarifa de energia passou para o terreno
positivo (0,82%) e foi a responsável pelo avanço do indicador de um mês
para o outro.
A pressão negativa do corte da tarifa de energia vinha diminuindo
desde o final de fevereiro, mas, na quarta quadrissemana de março, o
item passou a registrar inflação pela primeira vez desde o anúncio da
medida. Na quadrissemana imediatamente anterior, estava em -0,20%. Da
terceira prévia do mês para a quarta, o grupo Habitação, puxado pelo
desempenho da energia, foi um dos dois únicos a registrar acréscimo na
taxa de variação (passou de 0,65% na terceira quadrissemana do mês para
0,74%). No final de fevereiro, esta classe de despesa registrava
deflação de 1,28%.
O outro grupo que apresentou aceleração no fechamento de março foi
Vestuário (de 0,68% na terceira quadrissemana para 0,81%), puxado pelos
preços das roupas, que subiram de 0,71% para 0,90%.
Os demais grupos analisados pela FGV apresentaram decréscimo nas
taxas de variação da terceira para a quarta quadrissemana, com destaque
para Transportes (de 0,60% para 0,34%), puxado pela desaceleração nos
preços da gasolina, cuja taxa foi de 1,83% para 0,12% no período.
No grupo Alimentação, que saiu de 1,42% para 1,31%, foi destaque o
comportamento dos preços das carnes bovinas, que acentuaram a queda de
2,14% para 2,61%. Os demais grupos que registraram decréscimo nas taxas
de variação foram Saúde e Cuidados Pessoais (0,59% para 0,51%),
Comunicação (0,48% para 0,45%), Educação, Leitura e Recreação (0,32%
para 0,24%) e Despesas Diversas (0,19% para 0,18%), com destaque,
respectivamente, para os itens artigos de higiene e cuidado pessoal
(0,27% para -0,02%), tarifa de telefone residencial (0,70% para 0,38%),
show musical (3,13% para 2,20%) e cartório (0,70% para 0,26%).
Entre as maiores pressões
negativas da terceira para a quarta quadrissemana estão alcatra (de
-3,48% para -5,14%), passagem aérea (de -5,71% para -5,75%), contrafilé
(de -6,33% para -5,97%), licenciamento/IPVA (de -1,26% para -1,26%) e
tarifa de táxi (de -1,42% para -1,57%).
Do outro lado, entre as maiores influências de alta, aparecem
refeições em bares e restaurantes (de 1,06% para 0,85%), tomate (de
9,79% para 11,62%), cebola (de 22,40% para 25,04%), aluguel residencial
(de 0,73% para 0,85%) e empregada doméstica mensalista (de 1,46% para
1,13%).
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