O governo estuda manter a alíquota do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) reduzida durante todo este ano para produtos da
linha branca e para o setor moveleiro, informou à agência de notícias
Reuters uma fonte da equipe econômica próxima ao assunto.
A
medida acabaria em junho e o objetivo é evitar que o consumo das
famílias seja afetado com o aumento do tributo num momento em que o
governo quer manter os sinais de retomada da atividade econômica.
A
redução do IPI para linha branca foi implementada em dezembro de 2011
e, desde então, vem sendo prorrogada. No fim do ano passado, no entanto,
o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estipulou a elevação gradual do
tributo. Isso faria com que o benefício acabasse em junho, trazendo as
alíquotas para seu patamar normal.
A alíquota que
incidia sobre fogões, por exemplo, estava zerada até 31 de janeiro deste
ano. A partir daí, foi elevada para 2% e deve manter-se nesse patamar
até 31 de dezembro, não voltando aos 4% originais, segundo informou a
fonte.
Refrigerador e congelador devem continuar
com o imposto de 7,5% durante todo o ano, e não retornar para 15%. Pela
proposta da área técnica do governo, máquina de lavar roupa terá IPI
mantido em 10%.
Já o setor moveleiro, que teve
leve aumento no tributo em fevereiro, também deverá ser beneficiado.
Móveis devem ter mantida a alíquota de IPI em 2,5%, enquanto luminárias
em 7,5% e papel de parede em 10%.
Se a proposta da
área técnica for chancelada pelo ministro da Fazenda, a renúncia fiscal
ficaria em torno de R$ 1,2 bilhão durante todo o ano, afirmou a fonte.
Mantega
anunciou no sábado a prorrogação do IPI reduzido para automóveis e
caminhões até dezembro deste ano, beneficio que terminaria nesta
segunda-feira. Em nota à imprensa, o Ministério da Fazenda havia
informado que o objetivo da prorrogação do IPI para carros e caminhões
era dar continuidade à política de estímulos ao mercado interno.
A
medida representa renúncia fiscal adicional de R$ 2,2 bilhões de abril a
dezembro de 2013 em relação ao que já estava programado.
Depois
de a economia brasileira ter crescido apenas 0,9% em 2012, o governo
acredita que a atividade vai acelerar neste ano. Nas contas do
Ministério da Fazenda, a expansão ficará entre 3% e 4%.
Fonte: Uol - Noticias
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