quinta-feira, 28 de março de 2013

Reajuste abusivo de plano de saúde é proibido por lei e, aumentos não podem ser muito elevados

 Servidor inativo do Ministério da Fazenda, Edinaldo Assis Góes, de 77 anos, não imaginou que, ao atingir essa idade, ficaria sem condições de pagar pelo plano de saúde. O motivo foi o reajuste em torno de 300%, aplicado em apenas um ano.
Em 2011, Edinaldo pagava R$ 191 por mês pelo plano coletivo de coparticipação da Geap, para o servidor e a mulher, mas as mensalidades começaram a subir.
Em julho do mesmo ano, o valor chegou a R$ 256, além de uma parcela de R$ 64, cuja cobrança, segundo ele, não foi explicada. O pior ocorreu em 2012, quando a fatura passou para R$ 822. Após buscar respostas, sem sucesso, o idoso decidiu cortar o plano. Hoje, se precisar de atendimento, terá de buscar a rede pública.
A advogada Rosas do Além Façanha viu o preço do plano individual da Unimed-Rio subir de R$ 431 para R$ 635 (47%), quando completou 59 anos. Sem entender, ela buscou o auxílio da Proteste — Associação de Consumidores. A operadora explicou que o reajuste anual respeita o índice fixado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Joana Cruz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), diz que as operadoras de saúde não podem aplicar aumentos abusivos às mensalidades.
— Se o valor estiver muito acima do que o cliente pagava, o contrato pode ser anulado, como prevê o Código de Defesa do Consumidor (CDC) — afirmou Joana.
Justiça tem dado vitória a usuários
Segundo a advogada Joana Cruz, as empresas justificam os reajustes pelo número de cirurgias feitas, além de outros procedimentos, mas a explicação não convence a Justiça, que tem dado ganho de causa a consumidores.
Segundo a consultora em Direito do Consumidor do Procon-RJ, Maria Rachel Coelho Pereira, os aumentos dos planos individuais ou familiares seguem índices fixados pela ANS, em torno de 7%. Os coletivos, não.
A analista de sistemas Aline Crocamo, de 36 anos, diz que a Unimed-Rio aplicou dois reajustes aos planos dos filhos em um ano: de R$ 136 para R$ 149 e, depois, para R$ 161 — correção de 18%, bem acima da inflação. Para a empresa, os aumentos estão corretos.
Cuidados que ajudam a evitar problemas
Plano escolhido
É importante saber se o contrato inclui apenas consulta ou internação e demais procedimentos. Vale checar a abrangência geográfica da cobertura.
Reajuste
É preciso consultar o índice de aumento anual autorizado para a operadora escolhida. A informação fica disponível no site da ANS (www.ans.gov.br). Convém buscar um corretor de confiança para que o consumidor se sinta seguro.
Preços
Deve-se conhecer os valores das mensalidades de todas as faixas etárias. É importante checar se o médico de sua preferência atende pelo plano.
Informações
Se decidir entrar com uma ação judicial contra a empresa, é preciso buscar orientação em órgãos de defesa do consumidor.
Proteste
A entidade alerta que a operadora não pode recusar ou excluir idosos por conta de custos (proteste.org.br).
Procon-RJ
No site do Procon-RJ, pode-se esclarecer dúvidas sobre planos de saúde. Acesse: www.procon.rj.gov.br/.
Idec
Pode-se obter informações pelo site www.idec.org.br/.
Reclame Aqui
O site www.reclameaqui.com.br permite expor opiniões e fazer críticas a qualquer empresa.
Fonte: Extra - Online

Antes usado para definir altura, nº dos ovos de Páscoa perdeu função

Ovos de números iguais podem ter pesos e apresentações diferentes.
Tradição entre fabricantes pode confundir escolha do consumidor.
Se na década de 1990, o número impresso nas embalagens dos ovos de Páscoa era uma espécie de padronização de altura, hoje não passa de uma tradição que alguns fabricantes mantêm – mas que pode confundir os consumidores.
Com o passar dos anos e com a diversificação da produção das indústrias, os números perderam a utilidade. Hoje, as apresentações e os pesos de um ovo com mesmo número podem variar muito entre si: seja porque um tem mais recheio na casca ou porque outro vem com brinde dentro.
“Isso [uso de números] vem de muito tempo. Antigamente, as empresas usavam os números para mostrar a altura dos moldes. Nunca teve relação com o peso. As fábricas usam até hoje mais por costume, não é nenhuma exigência do Inmetro, por exemplo”, disse o vice-
presidente do setor de chocolates da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Ubiracy Fonseca.
 
Quadro com tamanho dos ovos de Páscoa (Foto: Editoria de Arte/G1)
 
Por isso, a orientação dos órgãos de defesa do consumidor é que o número do ovo jamais seja considerado, mas sim o peso, que obrigatoriamente deve estar estampado no produto. “Os números não informam absolutamente nada, e o consumidor acaba sendo induzido ao erro ao achar que está levando mais chocolate ao olhar para o número do ovo. Fizemos uma pesquisa  há uns três anos entre consumidores, nessa época de Páscoa. A conclusão foi de que muitos ainda consideram o número do ovo na hora de comprar”, disse Karina Alfano, gerente do Instituto de relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Se quiser tirar a prova, basta que o consumidor vá até um supermercado e compare as opções de ovos à venda. O G1 comparou o tamanho e o peso de quatro ovos de Páscoa de marcas e fabricantes distintos, mas do mesmo número: 15. A diferença de peso chega a 41%. Enquanto um ovo Serenata de Amor, da Garoto, pesa 240 gramas, um Hot Wheels, da Lacta, com um carrinho de brinde, tem 170 gramas.
Ovos mais caros
“Antes de comprar, além de descartar essa informação sobre os números, o consumidor deve ficar atento aos preços, que costumam ter uma variação muito grande dentro da mesma cidade”, alertou a gerente do Idec.
O ovo de Páscoa está 6,42% mais caro este ano, na comparação com a celebração do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV. A alta supera a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) entre março de 2012 e fevereiro de 2013, que foi de 6,04%.
Fonte: G1

Campanha de vacinação contra a gripe será entre 15 e 26 de abril. Confira as 5 melhores receitas contra a doença


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Os idosos devem ir aos postos receber a dose anual da vacina contra a gripe Com a meta de imunizar 31,3 milhões de brasileiros, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe foi lançada nesta terça-feira (26) pelo Ministério da Saúde. A ação acontecerá entre 15 e 26 de abril, em 65 mil postos de saúde de todo o Brasil. Poderão se vacinar pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes, profissionais de saúde, doentes crônicos, indígenas e encarcerados, além de mulheres em até 45 dias após o parto (puerpério). Esse último grupo foi incluído este ano.
A vacina protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último inverno: A/H1N1, causador da chamada gripe suína; A/H3N2; e influenza B.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mulheres em puerpério entraram no grupo prioritário por terem as mesmas condições de saúde das gestantes, e também porque o imunizante ajuda a proteger o bebê através da amamentação.
Durante o lançamento da campanha, o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou que a vacina é segura e negou que ela seja capaz de causar gripe.
- O vírus usado é inativado. Portanto, não há transmissão da gripe pela vacina. Às vezes, a pessoa já estava com o vírus em incubação - disse o secretário.
O público-alvo da campanha representa aproximadamente 39,2 milhões de brasileiros. O Ministério da Saúde quer vacinar, pelo menos, 80% dessa população. Cerca de 43 milhões de doses do imunizante serão distribuídas em todo o Brasil.
- O objetivo é prevenir e reduzir casos graves, internações e mortes - destacou Jarbas Barbosa.
O dia de mobilização nacional da campanha será 20 de abril, um sábado.
A vacina oferece proteção apenas contra a gripe, não contra os resfriados. Pessoas com alergia severa a ovo não devem tomar a vacina contra a gripe.
No grupo dos doentes crônicos que têm direito a receber a vacina nos postos de saúde, estão obesos, cardíacos, transplantados, diabéticos, doentes renais e pacientes hepáticos, entre outros. É preciso apresentar prescrição médica no ato da vacinação.
O Ministério da Saúde pede atenção com vacinas da rede privada. Elas podem ser de campanhas passadas e consideradas “velhas”.
 

Taxa de desemprego fica em 5,6% em fevereiro

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,6% em fevereiro. Em janeiro, a taxa foi de 5,4%. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 5,5% a 5,8%), com mediana de 5,7%. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação de 1,2% em fevereiro ante janeiro e aumento de 2,4% na comparação com fevereiro de 2012. 
A taxa foi a mais baixa para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego, que começou em março de 2002, segundo o IBGE. Em janeiro, a taxa de desemprego estava em 5,4% e, em fevereiro do ano passado, a taxa de desemprego tinha sido de 5,7%.
A massa de renda real habitual dos ocupados no País somou R$ 42,8 bilhões em fevereiro, mostrando estabilidade em relação a janeiro. Na comparação com fevereiro de 2012, a massa cresceu 4,2%. Já a massa de renda real efetiva dos ocupados totalizou R$ 42,6 bilhões em janeiro, o que representa um recuo de 21,9% em relação a dezembro de 2012. Na comparação com janeiro de 2012, houve aumento de 4,4% na massa de renda efetiva. O rendimento médio real dos trabalhadores em fevereiro foi de R$ 1.849,50, contra R$ 1.827,55 em janeiro.

BC eleva para 5,7% projeção de inflação em 2013

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar a 5,7%, este ano. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Banco Central (BC), no Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente. A projeção está 0,9 ponto percentual acima da previsão de dezembro.
Para 2014, a estimativa é que a inflação fique em 5,3%, ante 4,9% previstos anteriormente. No caso da inflação acumulada em 12 meses no final do primeiro trimestre de 2015, a estimativa é 5,4%.
Essas estimativas são do cenário de referência, feito com base na taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (7,25% ao ano) e no dólar a R$ 1,95.
O BC também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são utilizadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e o câmbio. Nesse caso, a estimativa para a inflação, este ano, é 5,8%, 0,1 ponto percentual acima do projetado no cenário de referência e 0,9 ponto percentual maior que a projeção do relatório divulgado em dezembro.
Para o próximo ano, a estimativa desse cenário é que a inflação fique em 5,1%, ante 4,8% previstos anteriormente. A projeção para a inflação acumulada em 12 meses no final do primeiro trimestre de 2015 é 5,2%.
Todas as estimativas para a inflação estão acima do centro da meta, que é 4,5%. Essa meta tem ainda margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação. O principal instrumento que influencia a atividades econômica e, por consequência, calibra a inflação, é a taxa Selic.

Consumo nacional de eletricidade sobe 2,7% em fevereiro

O consumo residencial subiu 7,9 por cento ante fevereiro de 2012, devido as altas temperaturas registradas no segundo mês deste ano.
Já o consumo industrial teve queda de 2,4 por cento em relação ao mesmo período de 2012, devido ao fato de fevereiro do ano passado ter tido um dia a mais, segundo a EPE. Levando em consideração a média diária, o consumo industrial subiu 1,1 por cento em fevereiro ante 2012.
"Nestes primeiros meses de 2013, o comportamento do consumo de energia de toda a classe industrial esteve fortemente condicionado pela retração dos setores da metalurgia do alumínio e da siderurgia, incluindo aí o segmento de ferroligas".
O consumo comercial subiu 5,9 por cento e fevereiro, também influenciado pelas altas temperaturas no mês.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Banda de rock Raimundos lança cerveja

A banda de rock Raimundos acaba de lançar a própria cerveja, chamada de Raimundos Helles. A bebida foi produzida pela Cervejaria Bamberg para comemorar os 20 anos de carreira da banda.
“A bebida foi desenvolvida com o objetivo de ser uma cerveja diferente, passível de ser bebida por um longo tempo, sem que ela se torne cansativa e repetitiva, assim como o som potente dos Raimundos”, explica o mestre cervejeiro e proprietário da Bamberg, Alexandre Bazzo.
A cerveja de 600 ml será distribuída pela empresa Bushido Brazil e chega ao mercado neste mês com um custo de R$ 16.
Não é a primeira vez que uma banda de rock lança um cerveja. Neste mês, a banda Iron Maiden divulgou sua cerveja premium “Trooper”, assim como em 2012, a banda Velhas Virgens lançou um rótulo para comemorar seus 25 anos de carreira, chamado Velhas Virgens Rockin’ Beer.

Tamanho das roupas poderá ser padronizado por regiões

Os problemas de achar o tamanho certo das roupas em lojas estão com os dias contatos, isso porque o Senai-Cetiq (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil) do Rio de Janeiro está realizando um estudo antropométrico dos brasileiros para padronizar a modelagem de confecções, respeitando as características regionais.
No País, a maioria das grifes não seguem a Norma NBR 13.377 - Medidas do Corpo Humano para Vestuário e Padrões Referenciais da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A falta de padronização, além de poder causar prejuízos aos confeccionistas, causa transtornos ao consumidor que, por exemplo, perde tempo tendo que experimentar todas as roupas antes da compra.
Para o gerente de Inovação, estudos e pesquisas do SENAI-CETIQT, Flávio Sabra, essa falta de padronização provoca a insegurança do consumidor nas compras realizadas pela internet. “No Brasil, não há um padrão definido. Muitas vezes a marca usa uma modelagem maior, para que o consumidor se sinta psicologicamente magro”, explica.
O estudo
O centro já finalizou a primeira parte da pesquisa, no qual as medidas dos voluntários foram feitas através do uso de fita métrica e com a aplicação de um questionário. Já a segunda fase está sendo utilizado um Body Scanner – máquina que faz uma leitura do corpo e capta com precisão mais de 100 medidas detalhadas do corpo humano.
Os dados obtidos através deste estudo, que deve ser concluído em 2014, poderão ser utilizados em diversas análises, atendendo não só às necessidades dos consumidores como também interesses comerciais específicos.

Ministro quer acelerar universalização da internet


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o estudo que vai orientar o projeto de universalização do uso da internet no Brasil, conhecido com o nome provisório de Programa Nacional de Banda Larga 2 (PNBL 2.0), deve estar pronto para ser enviado à presidente Dilma Rousseff até a metade deste ano. "Esperamos defini-lo em meados de 2013 e aí fazer uma programação para entrar forte no ano que vem", disse nesta terça-feira, em Porto Alegre, onde participou da inauguração de um escritório da Telebras nas dependências do Tecnopuc, o centro tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Mesmo que os números e métodos não estejam detalhados, o governo já definiu algumas linhas gerais do projeto. A meta é levar a internet a 90% dos lares brasileiros em dez anos, com esforço concentrado nos primeiros três ou quatro anos para dar um salto em relação ao índice atual, que é próximo de 40%. Bernardo acredita que se não houver intervenção, o país chegará ao fim do ano que vem com índice de 50%. "Queremos fazer uma intervenção capaz de acelerar isso. Se formos esperar que o mercado resolva tudo sem qualquer intervenção do governo talvez vai levar dez anos."
O estudo também deve apontar soluções para as dificuldades de levar a expansão a todos os pontos de um País continental. A conexão poderá ser feita por fibra óptica, rádio e até satélite, nas regiões mais remotas.
O custo da universalização é estimado em R$ 100 bilhões. Paulo Bernardo admitiu que ainda não sabe qual será o aporte do governo, explicando que os recursos do Tesouro irão apenas para as redes que a Telebras vai fazer e para a rede nacional de pesquisa. Para as operadoras que investirem na expansão dos serviços poderão ser concedidos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para determinadas faixas, como a da banda larga móvel, o modelo de leilões não deve priorizar a arrecadação, mas as ofertas de expansão da infraestrutura que as empresas fizerem.
Descentralização
A Telebras Tecnologia, inaugurada nesta terça-feira, é parte de um processo de descentralização da empresa. Segundo o ministro, a unidade montada em Porto Alegre terá três funções básicas. A primeira será usar sua capacidade de testar redes para detectar situações de saturação e de mau funcionamento e fazer pesquisas em torno disso. A segunda é a homologação de equipamentos. "Isso antigamente a Telebras fazia, mas como não temos (mais) condições de fazer diretamente, vamos fazer com a parceria da PUC", comentou o ministro. A terceira é a disponibilidade para fazer e apoiar pesquisas ligadas às telecomunicações.

Envelhecimento da população exige mudanças nos produtos

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Estamos ficando mais velhos. Não só porque o tempo passa para todos, mas principalmente porque estamos mais saudáveis e temos menos filhos. Não por acaso, a expectativa de vida da população em geral vem aumentando.
Homem idoso carecaIsso é o que a A.T. Kearney intitulou de Agequake (ou terremoto demográfico, em tradução livre para o português) no estudo “Compreendendo as necessidades e consequências do envelhecimento do consumidor”, divulgado nesta quarta-feira. Com um mercado de consumo e serviços adaptado aos mais novos, empresas de diversos setores precisaram se repaginar para atingir esse novo público de terceira idade.
Mesmo que as adaptações sejam muito mais urgentes nos países mais desenvolvidos, no Brasil a idade já bate à porta. Em 35 anos, o mundo deverá ter mais pessoas com mais de 60 anos que menores de 15. No Brasil, essa inflexão é esperada já em meados de 2030.
Os principais setores afetados serão os de serviços e de bens de consumo, com destaque para os alimentos e cuidados pessoais. “As empresas vão ter de entender que o público idoso não será mais uma minoria”, afirma Carlos Higo, diretor da A.T. Kearney.
O brasileiro já larga com uma vantagem frente ao processo de envelhecimento da população nos países desenvolvidos. Uma vez que em países como Alemanha, França e Espanha esse processo já esta em estágio mais avançado, é possível trazer as experiências das empresas de lá, que já readaptaram sua forma de produzir e criar produtos.
Enriquecimento
A pesquisa aponta um enriquecimento da população idosa. Por exemplo, nos Estados Unidos os ativos financeiros de maiores de 50 anos respondem por 80% deste mercado. No ano passado, gastaram US$ 17 bilhões a mais em carros que os mais jovens, abaixo de 50 anos.
“Estamos assistindo a uma população idosa se desenvolver com melhore no poder aquisitivo”, diz Higo. A expectativa é que já em 2020, os idosos representem 15,4% do consumo nacional – em 2005 essa participação era de 9,7%.
Comportamento
O segundo viés de mudança está no comportamento. Ao contrário dos jovens, que têm larga disposição para sair, conduz carros e vive o cotidiano de forma independente, os mais velhos tendem a aumentar o uso do e-commerce.
 “O brasileiro já gosta de tecnologia e é muito adeptos das compras pela internet”, diz Pietro Gandolfi, diretor da A.T. Kearney. Ao contrário do que têm sido visto, a próxima geração de idosos já viveu boa parte da idade ativa dentro do ambiente tecnológico, o que deve facilitar esse acesso. “O hábito de usar a tecnologia vai continuar com a geração”, afirma.
Fonte: Revista Exame