A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) a proposta
que fixa prazo de seis anos para os professores da educação básica com
formação em nível médio concluírem o curso de licenciatura de graduação
plena. O texto é um substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 5395/09, do
Executivo, e será enviado à presidente Dilma Rousseff para sanção.
O prazo de seis anos contará da posse em cargo de docente na rede pública de ensino e será válido para os professores com nível médio na modalidade normal (sem curso técnico). A proposta também prevê exceção à exigência de curso superior para os professores com ensino médio, na modalidade normal, que já estejam trabalhando, na rede pública, em creches, na pré-escola e nos anos iniciais do ensino fundamental quando da publicação da futura lei.
O prazo de seis anos contará da posse em cargo de docente na rede pública de ensino e será válido para os professores com nível médio na modalidade normal (sem curso técnico). A proposta também prevê exceção à exigência de curso superior para os professores com ensino médio, na modalidade normal, que já estejam trabalhando, na rede pública, em creches, na pré-escola e nos anos iniciais do ensino fundamental quando da publicação da futura lei.
Caberá à União, aos estados e
aos municípios adotar mecanismos para facilitar o acesso e a
permanência dos professores da educação básica pública nos cursos
superiores. Um dos incentivos será a concessão de bolsa de iniciação à
docência.
Diretrizes Básicas
O texto aprovado altera
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9.394/96), cuja redação será
adequada à Lei do Fundeb (11.494/07), que estende a educação obrigatória
e gratuita dos 5 aos 15 anos para 4 a 17 anos.
O projeto
original do Executivo tratava apenas de dois pontos: exigência de
formação superior para docentes que atuam na educação básica, exceto na
educação infantil; e exigência de nota mínima no Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) como pré-requisito para ingresso em cursos de
graduação para formação de docentes. Esse pré-requisito continuou no
texto.
Uma das novidades em relação ao texto anteriormente
aprovado pela Câmara é a imposição de regras comuns à educação
infantil: carga horária mínima anual de 800 horas, distribuída em um
mínimo de 200 dias de trabalho; atendimento à criança dentro de um
mínimo de quatro horas para o turno parcial e sete horas para o
integral; controle de frequência na pré-escola (60% de comparecimento); e
expedição de documentação que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Atendimento especializado
O
substitutivo aprovado também amplia o conceito de alunos especiais.
Além daqueles com deficiência, já contemplados, são incluídos aqueles
com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação. Eles deverão contar com atendimento educacional
especializado em todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino.
O texto
aprovado prevê, ainda, a realização de recenseamento anual de crianças e
adolescentes em idade escolar, assim como de jovens e adultos que não
concluíram a educação básica. A pesquisa prevista na lei era restrita ao
ensino fundamental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário