É normal o mecânico realizar o alinhamento e balanceamento nos pneus
quando levamos o carro para a revisão periódica. Mas será que as pessoas
sabem a importância de cada um deles? Ainda é comum no mercado a dúvida
relativa à melhor forma de realizar estes serviços fundamentais para
aumentar a vida útil de um pneu e dos componentes da suspensão. “É
necessário ficar precavido e entender cada procedimento realizado no
carro”, alerta José Carlos Quadrelli, Gerente Geral de Engenharia de
Vendas da Bridgestone.
Alinhamento
O
alinhamento é um serviço importante e deve ser feito quando se sente
dificuldades em conduzir o carro em linha reta e quando o veículo começa
a puxar para um dos lados. O desgaste irregular dos pneus também é
outro indício de que o veículo não está corretamente alinhado.
O
termo alinhamento, na realidade, significa buscar o “Equilíbrio em
Movimento” do veículo. Este procedimento é executado medindo e ajustando
os ângulos que as rodas do veículo fazem em relação ao piso e às linhas
de centro do veículo, equilibrando todas as forças que atuam no carro,
tais como: gravidade, força centrífuga, força de viragem, etc,
proporcionando maior eficiência de rolamento, desgaste uniforme dos
pneus, melhor estabilidade e, consequentemente, mais segurança para o
motorista e os passageiros.
Os três ângulos mais importantes são:
Cambagem
– Consiste em um ajuste do ângulo de inclinação vertical da roda em
relação ao solo. “O principal indício de que é necessário fazer esse
ajuste também é o desgaste irregular em um dos ombros dos pneus”,
informa Quadrelli.
Caster - É o ângulo de inclinação do pino-rei
ou do eixo de direção (linha imaginária que passa pelos pivôs superiores
e inferiores da suspensão) em relação à vertical – fornece estabilidade
auto-centrante e direcional;
Convergência ou Divergência - É a
diferença de distâncias entre as partes dianteiras e traseiras dos pneus
(vistos de cima). O seu ajuste promove uma melhoria no padrão de
desgaste dos pneus, especialmente sob frenagem.
Balanceamento
Balanceamento
O
balanceamento geralmente vem acompanhado do alinhamento. Não se
balanceia "pneus", mas sim o conjunto pneu e roda. Existem duas maneiras
de balancear, o estático e o dinâmico. O balanceamento "estático" pode
ser feito com o conjunto imóvel. Já o “dinâmico” requer que o mesmo
esteja em rotação e ajuda a corrigir problemas que o estático não
consegue. Estes sistemas medem as forças geradas pelo conjunto em
rotação. Quando o equilíbrio dinâmico é conseguido, o estático é
automático e não tem necessidade de realizá-lo em separado.
Ambas
as formas de balancear evitam as trepidações no carro em velocidades
acima de 60 km/h, deterioração do pneu, distúrbios de direção e
comprometimento da capacidade de frenagem.
A recomendação é que o
alinhamento e o balanceamento sejam feitos a cada dez mil quilômetros,
mesmo que o condutor não sinta nenhum comportamento anormal no
automóvel. Em contrapartida, deve-se verificar sempre que houver troca
de pneus/rodas, vibração do volante ou veículo, for efetuado o rodízio
de pneus, um pneu ou câmara de ar foi consertado devido a furo ou corte,
houve choque forte contra obstáculo na pista ou em buraco causando
empenamento do aro, perda de contrapeso de balanceamento do aro e/ou o
pneu gastou excessivamente em pontos isolados.
O pneu é um bem
durável e importante item de segurança. Se o problema não for
solucionado em tempo, corre-se o risco de reduzir sua vida útil,
acarretando em prejuízos financeiros e riscos para o condutor e demais
passageiros.
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