O Brasil registrou abertura de 123.446 vagas de
trabalho em fevereiro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta
quarta-feira.
Pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado
mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 95 mil vagas.
Apesar de ter vindo acima do esperado pelo mercado, o
número de fevereiro representou queda de 18,03 por cento na comparação
com a abertura, sem ajustes, de 150.600 vagas em fevereiro de 2012.
A abertura líquida de vagas em fevereiro passado foi
puxada pelo setor de serviços, com 82.061 novos postos, e pela indústria
da transformação, que abriu 33.466 vagas no mês passado.
Já a agropecuária, ainda segundo o Caged demitiu 9.775
trabalhadores em termos líquidos, enquanto a construção civil registrou
contratação líquida de 15.636 pessoas no mês passado.
O governo prevê que 2013 serão criadas cerca de 2
milhões de vagas formais. Isso deve contribuir para manter o desemprego
em mínimos históricos, em meio ao cenário de renda também forte.
Pelos números do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de
desemprego no Brasil subiu em janeiro a 5,4 por cento, por conta de
fatores sazonais e pressionado pelo desempenho de São Paulo, mas ainda
assim foi o melhor resultado para janeiro, mostrando a força do mercado
de trabalho. Em dezembro, a taxa havia atingido o menor nível histórico,
a 4,6 por cento.
O mercado de trabalho tem sustentado a popularidade da
presidente Dilma Rousseff em níveis elevados. Levantamento feito pelo
Ibope em março, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), mostrou que 63 por cento avaliam o governo como ótimo ou bom,
ante 62 por cento em dezembro. A aprovação pessoal da presidente também
oscilou 1 ponto para cima, passando a 79 por cento.
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