Uma
pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
(Idec), com oito das marcas de chocolates mais vendidas no Brasil —
Arcor, Brasil Cacau, Cacau Show, Garoto, Hershey's, Kopenhagen, Lacta e
Nestlé — concluiu que a maioria não informa no rótulo a quantidade de
cacau do produto.
Entre os chocolates ao leite, apenas os da Cacau Show têm o percentual estampado na embalagem, de acordo com o levantamento. “As outras não fazem menção à quantidade do fruto. Ainda não existe lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o Idec, seria razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes”, informa o comunicado da entidade.
O teor de cacau também não é estampado nas embalagens de muitos chocolates meio amargo e amargo. Dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a informação no rótulo: Cacau Show, Hersheys e Arcor. Entre as marcas de chocolate amargo, dois não têm o dado: os tabletes de 40g e 85g da Kopenhagen, e os tabletes de 20g e 100g da Brasil Cacau (marcas que pertencem ao mesmo grupo).
Quantidade mínima
Além disso, entre os produtos pesquisados, cinco são fabricados apenas com a quantidade mínima de cacau estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Para ser considerado chocolate, o produto deve ter, ao menos, 25% de cacau, se for chocolate ao leite”, diz o Idec.
“Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo, até porque, se trata de um direito à informação ao consumidor, assegurado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), desta maneira, fica a sensação de que essa informação trata-se apenas de uma estratégia de marketing usada quando isso é conveniente aos fabricantes”, afirma Ana Paula Bortoletto Martins, pesquisadora do Idec.
Ana Paula lembra ainda que os benefícios do cacau à saúde, como a produção de mais serotonina, que dá a sensação de bem-estar e diminui a pressão arterial, estão diretamente relacionados à sua quantidade no chocolate. “É importante que o consumidor esteja atento a essa informação no rótulo, para sua melhor escolha e, no caso de não encontrar, cobre esse direito das empresas, por meio dos canais de atendimento ao consumidor”, afirma a pesquisadora.
Duplo padrão nos produtos importados
O Idec também pesquisou alguns chocolates importados vendidos no Brasil e que têm preços lá fora relativamente equivalentes aos dos chocolates brasileiros escolhidos: Casino Lait Dégustation, Guylian, Lindt Swiss Classic, Milka, Nestlé Crunch e Ritter Sport. E, diferente dos chocolates nacionais, o teor de cacau está presente nos rótulos de todos os chocolates importados pesquisados, mesmo que seja em letras miúdas, no verso da embalagem.
“O que chamou a atenção é que dois desses chocolates estrangeiros, também são fabricados no Brasil: Crunch (da Neslté) e Milka (da Kraft). Nos dois casos, o teor de cacau é maior nos produtos fabricados lá fora: ambos têm no mínimo 30% de cacau (os nacionais têm no mínimo 25%). As duas empresas, portanto, praticam o que se chama de duplo padrão: independentemente de questões relacionadas à legislação de cada país, elas tratam de maneira diferente os consumidores brasileiros e os de seu continente de origem”, destaca o Idec.
Entre os chocolates ao leite, apenas os da Cacau Show têm o percentual estampado na embalagem, de acordo com o levantamento. “As outras não fazem menção à quantidade do fruto. Ainda não existe lei que obrigue as empresas a colocarem esse dado na embalagem, mas, para o Idec, seria razoável que essa iniciativa partisse dos próprios fabricantes”, informa o comunicado da entidade.
O teor de cacau também não é estampado nas embalagens de muitos chocolates meio amargo e amargo. Dos oito chocolates meio amargo pesquisados, apenas três têm a informação no rótulo: Cacau Show, Hersheys e Arcor. Entre as marcas de chocolate amargo, dois não têm o dado: os tabletes de 40g e 85g da Kopenhagen, e os tabletes de 20g e 100g da Brasil Cacau (marcas que pertencem ao mesmo grupo).
Quantidade mínima
Além disso, entre os produtos pesquisados, cinco são fabricados apenas com a quantidade mínima de cacau estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Para ser considerado chocolate, o produto deve ter, ao menos, 25% de cacau, se for chocolate ao leite”, diz o Idec.
“Seria muito importante que o teor de cacau viesse impresso no rótulo, até porque, se trata de um direito à informação ao consumidor, assegurado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), desta maneira, fica a sensação de que essa informação trata-se apenas de uma estratégia de marketing usada quando isso é conveniente aos fabricantes”, afirma Ana Paula Bortoletto Martins, pesquisadora do Idec.
Ana Paula lembra ainda que os benefícios do cacau à saúde, como a produção de mais serotonina, que dá a sensação de bem-estar e diminui a pressão arterial, estão diretamente relacionados à sua quantidade no chocolate. “É importante que o consumidor esteja atento a essa informação no rótulo, para sua melhor escolha e, no caso de não encontrar, cobre esse direito das empresas, por meio dos canais de atendimento ao consumidor”, afirma a pesquisadora.
Duplo padrão nos produtos importados
O Idec também pesquisou alguns chocolates importados vendidos no Brasil e que têm preços lá fora relativamente equivalentes aos dos chocolates brasileiros escolhidos: Casino Lait Dégustation, Guylian, Lindt Swiss Classic, Milka, Nestlé Crunch e Ritter Sport. E, diferente dos chocolates nacionais, o teor de cacau está presente nos rótulos de todos os chocolates importados pesquisados, mesmo que seja em letras miúdas, no verso da embalagem.
“O que chamou a atenção é que dois desses chocolates estrangeiros, também são fabricados no Brasil: Crunch (da Neslté) e Milka (da Kraft). Nos dois casos, o teor de cacau é maior nos produtos fabricados lá fora: ambos têm no mínimo 30% de cacau (os nacionais têm no mínimo 25%). As duas empresas, portanto, praticam o que se chama de duplo padrão: independentemente de questões relacionadas à legislação de cada país, elas tratam de maneira diferente os consumidores brasileiros e os de seu continente de origem”, destaca o Idec.
Nenhum comentário:
Postar um comentário