Ao comentar o lançamento do Plano Nacional de Consumo e
Cidadania, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que o
governo pretende
transformar a defesa do consumidor brasileiro em
uma política de Estado. Lançado no último dia 15, o pacote estabelece
medidas para garantir a melhoria da qualidade dos serviços e dos
produtos ofertados ao consumidor:
— Estamos tomando
medidas para fortalecer os órgãos de fiscalização, melhorar o
atendimento feito pelas empresas e garantir a qualidade dos produtos e
dos serviços que são oferecidos. Queremos também, com essas medidas,
aumentar a transparência dos contratos e das contas e garantir que as
empresas deem respostas mais rápidas para os problemas que surgirem.
Durante
o programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que uma das ações
previstas no plano é a criação de uma lista de produtos considerados
essenciais e que, se apresentarem defeito, deverão ter o problema
resolvido na hora. Uma alternativa às empresas será devolver o dinheiro
referente ao produto, sem que o consumidor precise procurar o Procon ou a
Justiça.
— Já aqueles produtos que não são essenciais,
nós vamos construir uma política de estímulos à criação de assistência
técnica no país, o que é muito importante para o consumidor, mas que
também garante emprego e renda para muitas pessoas que participarem da
atividade de assistência técnica — disse Dilma.
Dilma
ressaltou que o governo também pretende criar regras em relação a
compras feitas pela internet, o chamado comércio eletrônico. A ideia,
segundo ela, é dar mais transparência e definir normas para o que chamou
de direito de arrependimento do consumidor em relação à compra (quando o
produto não corresponde às expectativas).
— Muitas vezes,
o consumidor compra um produto e, quando recebe esse produto em casa,
descobre que não é exatamente o que ele esperava. Ninguém gosta de
comprar gato por lebre, você não acha? Então, nós queremos deixar tudo
muito claro, porque o comércio eletrônico está crescendo muito —
acrescentou.
Por fim, a presidente destacou que o plano
deve fortalecer os Procons em todo o país. A expectativa do governo é
reduzir o número de processos que vão parar na Justiça, acelerar as
soluções para problemas relacionados à compra e venda e estimular
acordos diretos feitos entre consumidor e empresa.
—
Estamos trabalhando para que os brasileiros e as brasileiras tenham cada
vez mais acesso ao consumo de produtos e serviços, mas é nossa
obrigação garantir que esses serviços sejam de qualidade e que a
população receba atendimento respeitoso”, destacou.
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