Os preços dos produtos da cesta básica subiram, em
fevereiro, em 15 das 18 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da
Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese). Apesar do avanço, a intensidade do aumento foi
menor do que no mês passado, quando houve correções em todas as
capitais.
As três maiores altas foram constatadas em Recife
(8,35%), Fortaleza (7,22%) e João Pessoa (7,11%). Ocorreram quedas em
Vitória (-0,63%), Goiânia (-0,56%) e Brasília (-0,24%). A capital
federal entre as cidades que apresentaram os maiores aumentos no mês de
janeiro, com alta de 11,3%.
A capital paulista continua ocupando o
topo da lista entre as cestas mais caras do país, com valor de R$
326,59, seguida de Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$ 314,46) e
Manaus (R$ 314,18). Em sentido oposto, os preços mais baixos foram
encontrados em Aracaju (R$ 238,40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador
(R$ 270,04).
O salário mínimo calculado pelo Dieese como o
necessário para suprir as despesas essenciais das famílias chegou a R$
2.743,69 – valor 4,05 vezes superior ao mínimo em vigor, de R$ 678. O
valor do teto superou o estimado para janeiro (R$ 2.674,88), montante
3,95 vezes maior que o piso vigente. O cálculo também ficou bem acima da
quantia estimada para igual mês do ano passado - R$ 2.323,21, quantia
3,74 vezes superior ao mínimo estabelecido para aquela época (R$ 622).
No
acumulado do ano, todas as capitais indicaram avanços de preços com
destaque para Salvador (18,9%), Natal (18,20%) e Aracaju (16,83%). Os
menores reajustes ocorreram em Belém (5,57%), São Paulo (7,11%) e
Vitória (7,74%).
Já nos últimos 12 meses, os maiores aumentos
foram verificados em Salvador (32,03%), Natal (29,82%) e Fortaleza
(29,29%) e os menores em Goiânia (14,06%), Belém (15,21%) e Rio de
Janeiro (16,46%). O Dieese observou, porém, que há um ano, Campo Grande
não fazia parte do grupo pesquisado. No bimestre, a localidade teve alta
de 10,88%.
Entre os itens que mais puxaram a alta da cesta estão o
feijão, que ficou mais caro em 16 capitais, com destaque para Belo
Horizonte (12,23%); o tomate também com alta em 16 localidades e com
maior correção no Recife (56,7%); a batata, mais cara em dez capitais e,
novamente, destaque para Belo Horizonte ( 33,9%) e a carne bovina, com
elevação em 11 das 18 capitais, e a maior alta em Manaus (2,52%).
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