O ensino médio, principal desafio educacional do Brasil, tem apenas
10,3% de seus estudantes com aprendizado em matemática adequado à sua
série. Além de ser baixo, o dado ainda representa piora: em 2009, o
porcentual era de 11%.
Em língua portuguesa, o índice ficou em 29,3% nessa etapa, estável em
relação ao levantamento anterior. Os dados fazem parte do relatório De
Olho nas Metas, do movimento Todos Pela Educação.
O movimento monitora desde 2008 o cumprimento de cinco metas: o
atendimento escolar à população de 4 a 17 anos, a alfabetização na idade
correta, o desempenho dos alunos nos ensinos fundamental e médio, a
conclusão dos estudos e o financiamento da educação. Neste ano, o
desempenho dos estudantes chamou a atenção pelos maus resultados.Quando
se leva em conta apenas os estudantes de escolas públicas brasileiras,
apenas 5,2% sabem o que deveriam de matemática no ensino médio - ficando
bem longe das metas estipuladas. Em português, foi de 23,3% O movimento
usa como base os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica
(Saeb) e da Prova Brasil de 2011. A disciplina de matemática é
considerada referencial, por ser um conhecimento basicamente escolar.
No 9.º ano do Ensino Fundamental, somente 12% dos estudantes de
escolas públicas tiveram desempenho desejável na disciplina. Mas
enquanto a maioria dos alunos tem dificuldades, Cocal dos Alves - um
município pobre localizado no interior do Piauí - consegue fazer com que
quase 90% dos alunos do 9.º ano tenham rendimento adequado em
matemática. É o maior índice do Brasil.
Na média estadual, Minas Gerais conseguiu um feito: tem a melhor
adequação de aprendizado de matemática no ensino fundamental e médio.
Santa Catarina se destacou no cumprimento das metas. “Trabalhamos com
toda a rede e estipulamos metas de desenvolvimento ao final de cada
série”, diz o secretário de Educação, Eduardo Deschamps. Os primeiros
anos do ensino fundamental têm os melhores resultados. Em matemática,
36% dos estudantes apresentaram desempenho adequado. Em língua
portuguesa, esse porcentual ficou em 40%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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